Balé da Vila https://baledavila.com/ Balé para Escolas que valorizam suas Atividades Extracurriculares Wed, 11 Sep 2024 14:59:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://baledavila.com/wp-content/uploads/2024/08/cropped-favicon-1-32x32.png Balé da Vila https://baledavila.com/ 32 32 Como falar com as crianças na aula? https://baledavila.com/como-falar-com-as-criancas-na-aula/ https://baledavila.com/como-falar-com-as-criancas-na-aula/#respond Wed, 11 Sep 2024 14:57:01 +0000 https://baledavila.com/?p=1571 Locução é o modo como o professor fala com a turma em cada momento da aula. É um recurso lúdico, e é também um modo de educar e de mostrar na prática se o professor aplica o que ele acredita. Explico: Recurso lúdico: é usar entonações diferentes de voz de acordo com cada contexto da […]

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Locução é o modo como o professor fala com a turma em cada momento da aula.

É um recurso lúdico, e é também um modo de educar e de mostrar na prática se o professor aplica o que ele acredita. Explico:

Recurso lúdico: é usar entonações diferentes de voz de acordo com cada contexto da aula e do seu objetivo na atividade. Se você quer a turma perto de você, falar baixo faz sentido, falar em tom de segredo as criança super prestam atenção, falar em forma de música, cantar uma coreografia no ritmo da música, falar com uma voz totalmente diferente, sao alguns exemplos.

Educar pela e através da fala, ou aplicar o que acredita: o velho clichê de que gritar pedindo silêncio não faz sentido se aplica aqui. As crianças pequenas, sobretudo em grupo, muitas vezes estão dispersas, berrando e correndo por todo o espaço, com frequência o professor se vê no caos. Quando a estrutura da aula não está ideal: com um espaço aberto demais, uma turma muito numerosa ou cansada, um lugar atravessado por barulhos externos, o desafio torna-se ainda maior. Fato é que o professor precisa estar constantemente avaliando sua conduta em sala e se cuidando para estar o mais sereno possível com a turma.

Uma turma muito agitada e barulhenta pode estressar um professor bem intencionado. E ele pode acabar saindo do eixo e se descompensando: gritando, ameaçando, se esguelando, expulsando uma criança, sendo grosseiro, chorando, desistindo, travando.

Nesses momentos não tem solução mágica que faça a turma se organizar. Mas o professor precisa ter claro que nenhuma conduta de indisciplina justifica um modo de falar e agir violento.

Vamos esclarecer o que chamo de violência aqui? rotular uma criança de bagunceira ou outro adjetivo que fixe seu comportamento em algo negativo, diminuir uma criança dizendo que ela não faz nada direito, comparar uma criança mostrando o amigo que está fazendo as coisas de modo correto e ela não. Ameaçar dizendo que se a criança não fizer x o professor vai falar com a pessoa y- pai, mãe, diretora da escola, etc.

Considero negativo educar pela punição ou recompensa- se fizer x ganha y ou perde y.

Gritar e falar de modo rude magoa e machuca, é violento.

Somos educados assim normalmente. Até em espaços como escola e faculdade, pouco se fala nesse modo de ensinar ou falar. Provavelmente porque nossa educação é baseada no conteúdo, ou no o que se ensina, como se ensina não importa desde que o resultado esteja ali. E que belo resultado temos na nossa sociedade!

o que acontece é que ainda que haja consciência de que esses modos não são ideais, muitas vezes não temos recursos, repertório mesmo para agir de outro modo. Simplesmente não sabemos como agir de modo não violento.

Eu já fiz tudo isso que critico e ainda hoje escorrego algumas vezes. O que fazer? Além de pedir desculpas quando errar, não tenho receita, mas posso compartilhar o que tenho feito:

1- Mapeio o que estruturalmente pode estar impactando negativamente a turma e mudo aquilo que está a meu alcance para isso. Por exemplo, a turma está chegando muito cansada e dispersa, verifico com a escola se há como descansarem 15 minutos antes da aula ou abro um pequeno espaço na aula para o descanso.

2- Me cuido para chegar calma no ambiente- antecedência no horário, alimentação, descanso. Quando o professor não está bem é muito mais fácil perder a paciência.

3- Repito internamente na hora difícil que não é nada pessoal comigo, compreendo que é normal e esperado que aquela faixa etária se comporte daquele modo e que faz parte da aula eu lidar com aquela situação. Ou seja, aquilo não é algo que impede a aula, aquela situação é a própria aula, Eu não estou ali apenas para ensinar um conteúdo de dança, mas para me relacionar, inspirar e educar. Os plies eles podem esquecer, mas nossos bons encontros devem ficar no corpo.

4- Não me dou o direito de gritar. Espero, chamo, falo individualmente, paro a música, mudo a atividade. Falo firme, expresso meus sentimentos: estou chateada, brava, irritada porque vocês não me ouvem, mas eu não os desrespeito. Explico o que é a aula e como eles devem agir, explico o mais simples que para o adulto é óbvio, mas para uma criança de 4 anos não. Crio regras simples: não pode correr, gritar ou bater, estamos aqui para aprender dança.

5- Visão do todo, aquele dia faz parte de um processo de ensino, não se encerra ali. Existem aulas que rendem mais que outras em termos de conteúdo de dança, mas todas as aulas são significativas e é impossível saber o que de bom cada um tirou daquele dia.

6- Cuido da minha capacidade de me frustrar refletindo e validando meus sentimentos, mas não deixo que eles estraguem meu dia. Quando minhas expectativas são frustradas, posso sentir raiva, sou humana. Mas eu escolhi estar ali, e esta escolha faz parte de algo maior que é a minha profissão. Eu lido com crianças pequenas em um contexto de educação e o caos faz parte desse cotidiano.

Esse texto te ajudou? Me conta qual seu maior desafio em organizar sua fala com as crianças na aula?

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Quem dá aulas sabe que frequentemente uma criança se recusa a participar da atividade e eventualmente até da aula toda.

A partir dos 3 anos, as crianças começam a demonstrar que tem opinião e vontade própria. Portanto a recusa faz parte do seu desenvolvimento.

Por outro lado, a aula de balé é uma atividade dirigida em grupo, ou seja, o andamento da aula depende da realização das atividades propostas pelo professor.

Eu trabalho da seguinte forma:
Primeiro acolho a criança e pergunto porque ela não quer fazer a atividade.

Muitas vezes, neste primeiro momento, se realmente estamos dispostos a ouvir e a validar a fala da criança, entendemos o que está havendo.

Geralmente os motivos são: indisposição orgânica (sono, fome, dor, cansaço), falta de interesse na atividade, frustração com algo que aconteceu na hora (um amigo que não quis dar a mão por exemplo), ou simplesmente não tem motivo, não quer e pronto.

Se ela está cansada ou com sono, sua necessidade deve ser respeitada, portanto pode ser oferecido um tapete ou colchão para ela descansar por alguns minutos (raramente uma criança dorme na aula).

Se ela está sem interesse na atividade precisamos avaliar se a criança não gosta de uma atividade específica ou se ela está desmotivada. Para fazer esta avaliação, basta observá-la por alguns dias e perceber se a queixa de não querer fazer é recorrente. Quando a criança está desmotivada mesmo com o balé é necessário uma conversa com a família para entender se esta desmotivação é apenas na aula ou em outras áreas da vida. Assim podemos ajudar a criança a atravessar alguma dificuldade ou simplesmente entender junto à família que pode ser bom dar um tempo no balé.

Sobre não fazer eventualmente uma proposta específica da aula, eu acho que é preciso respeitar, sobretudo se a criança observa atentamente. A observação é um modo de participação. Aos poucos podemos ir convidando-a gentilmente a participar, sem expectativa de que ela faça 100% das propostas sugeridas.

Frustração com algo que aconteceu na aula é frequente: as crianças pequenas se chateiam com situações que podem parecer pequenas para o universo do adulto, mas podemos e devemos ajudá-la a resolver. Um amigo que não fez algo que a criança queria, um lugar na fila ou na roda, uma peça de roupa incomodando, uma situação antes da aula. Muitas vezes ao conversar com a criança ela consegue lidar com aquela frustração e se anima para realizar a atividade sugerida.

Tem também aquela criança que não quer fazer e ponto.

Birra, indisciplina, bagunça, enfrentamento da autoridade, preguiça.

Podem ser vários os motivos, não temos receita de bolo para lidar com as dificuldades de educar uma pessoinha.

Uma dica que pode ajudar é convidar a criança que está com dificuldade de seguir os comandos a te ajudar: pegar um objeto, ligar o som, marcar o chão, recolher sapatos do chão.

Tornar a criança sua aliada e mostrar pra ela que ela é acolhida e aceita por você.

Pode ajudar, mas não necessariamente.

Precisamos também (e muito) de firmeza para nos fazer entender: a aula de balé é uma atividade dirigida, em que o professor da turma comanda as atividades e as crianças realizam as propostas.

Mas lembre-se: ser respeitado é diferente de ser temido, ser autoridade é diferente de ser autoritário.

Existem momentos muito desafiadores em que a gente tem vontade de sair correndo da sala. E é ali geralmente que temos os maiores aprendizados.

Afinal, não são só as crianças que estão em processo de aprendizagem, todos nós estamos.

E se algum dia você perder a paciência e falar de modo muito duro com seus alunos, peça desculpas. Ensinar que os adultos erram é fundamental e ensinar a pedir desculpas através do exemplo mais ainda.

Boa sorte! E qualquer dúvida comenta aqui embaixo que terei muito prazer em ajudar!

Com afeto e alegria,

Manu Berardo

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Preparação para a Apresentação no Teatro https://baledavila.com/preparacao-para-a-apresentacao-no-teatro/ https://baledavila.com/preparacao-para-a-apresentacao-no-teatro/#respond Tue, 10 Sep 2024 15:17:56 +0000 https://baledavila.com/?p=1553 O segundo semestre é o período em que as crianças criam uma apresentação com o conteúdo experimentado no curso e se preparam para um momento muito importante na aprendizagem da Dança: a Apresentação no Teatro. Nossa Apresentação no Teatro é especialmente organizada para que os alunos tenham uma experiência leve, alegre e positiva no palco. […]

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O segundo semestre é o período em que as crianças criam uma apresentação com o conteúdo experimentado no curso e se preparam para um momento muito importante na aprendizagem da Dança: a Apresentação no Teatro.

Nossa Apresentação no Teatro é especialmente organizada para que os alunos tenham uma experiência leve, alegre e positiva no palco.

Os Objetivos Pedagógicos deste período são:

✨Participar do processo criativo do evento através das aulas, ensaios, conversas, aulas especiais e pesquisa sobre o tema;

✨Participar da construção da coreografia da turma: criação, memorização e apropriação de novos movimentos;

✨Conhecer os elementos cênicos básicos que compõe um espetáculo de dança (figurino, cenário, luz e música)

✨Colaborar com a criação do figurino e do cenário através da experiência prática nas aulas especiais;

✨Vivenciar a experiência de dançar para o público;

✨Se apropriar do conteúdo aprendido durante o ano no curso.

Este ano nossa Apresentação será no Teatro Divina Providência, dia 23/11 e os ensaios já estão a todo vapor!

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